O período entre julho e setembro foi marcado pela forte valorização do dólar ante o real, cerca de 18%, o que impactou a dívida em moeda estrangeira das companhias do setor de papel e celulose.

No último trimestre de 2011, no entanto, a queda acentuada do preço da celulose - de US$ 761,1 por tonelada para US$ 651,9 por tonelada - promete impactar os resultados das três principais empresas brasileiras do setor: Fibria, Klabin e Suzano.

Conforme projeções de Renato Damaso Maruichi e Rodrigo Fernandes, analistas do Banco Fator Corretora, a Fibria apresentará prejuízo de R$ 207 milhões, ante perda de R$ 1,15 bilhão no terceiro trimestre de 2011.

"A Fibria deverá apresentar melhora no volume de vendas no trimestre. A queda acentuada nas cotações de celulose fez com que os compradores da commodity recompusessem seus estoques", destacaram os analistas em relatório.

A Suzano Papel e Celulose também deverá reportar prejuízo, da ordem de R$ 63 milhões, frente a perda de R$ 425 milhões no terceiro trimestre.

Já para a Klabin é esperado lucro líquido de R$ 82 milhões entre outubro e dezembro, revertendo o prejuízo de R$ 236 milhões observado no trimestre anterior.

"Esperamos que a empresa divulgue bom resultado, em linha com o do período anterior", avaliaram Maruichi e Fernandes. "A receita com exportações deve aumentar no trimestre em função de maior volume vendido e da desvalorização do real", completaram.

A recomendação do Banco Fator Corretora é de manutenção para as ações das três companhias. O preço-alvo em 12 meses para os papéis de Fibria, Klabin e Suzano é de, respectivamente, R$ 17,00, R$ 9,00 e R$ 10,00.

A Fibria dará a largada no setor, reportando seus números amanhã (1/2). A Klabin informa divulga seu balanço em 1º de março e a Suzano em 26 de março.

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